Lembro-me das nossas noites,
somente banhadas em vinho,
sem algozes e pesares,
sem juízes ou
profetas.
Noites inteiras de calmaria,
em conversas sem resumo,
repudiadas por todos,
pela renúncia de verdades.
Como sinto falta,
como sinto falta de falar,
de todas as dores despetaladas,
pela rubra agonia
entalada.
Sei que não tem como voltar,
o que passou é esquecimento,
lamúrias que velam,
os túmulos dos vivos.
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